Rússia ataca a cidade estrategicamente localizada de Voehledar, na Ucrânia

Este artigo foi atualizado pela última vez em setembro 26, 2024

Rússia ataca a cidade estrategicamente localizada de Voehledar, na Ucrânia

Voehledar

Rússia ataca cidade estrategicamente localizada de Voehledar na Ucrânia

As tropas russas lançaram um grande ataque à cidade ucraniana de Voehledar, no sul da região de Donbass. A cidade é estrategicamente importante. As tropas ucranianas resistiram desde o início da guerra, mas agora estão sob forte pressão.

Tropas russas entram na cidade, mostram imagens compartilhadas pela agência de notícias Reuters. Voehledar é uma pequena cidade mineira, mas um importante ponto de defesa. A preocupação do lado ucraniano é que, se o exército perder esta posição, toda uma faixa da região sul do Donbass se tornará mais difícil de defender. A Rússia ocupa atualmente 80% do Donbass.

“Unidades russas entraram em Voehledar, o ataque à cidade começou”, relata Yuri Podoljaka, um blogueiro militar pró-Rússia. Vários blogueiros de guerra pró-Rússia confirmaram o ataque.

A Rússia sofreu grandes perdas nos últimos anos em ataques anteriores a Voehledar, que é uma espécie de fortaleza. Os ataques frontais falharam sempre, por isso a Rússia está agora a atacar pelos flancos. Os ucranianos correm o risco de serem cercados. A compensação é quanto tempo continuarão a defender e a que custo.

Escassez

A Ucrânia enfrenta uma escassez de tropas e equipamento. Isto diz respeito, por exemplo, à defesa aérea, que também é necessária na frente para manter afastados os atiradores de árvores. Portanto, eles podem fazer muito pouco contra os bombardeiros russos que lançam bombas flutuantes, inclusive sobre Voehledar.

Além disso, os comandantes ucranianos queixam-se de que as entregas de armas do Ocidente, especialmente munições, não chegam com rapidez suficiente. Isto permite que os russos avancem ainda mais e disparem mais granadas.

Os russos também aprenderam com os erros do passado. Tornaram-se mais eficazes no ataque, mesmo que resulte em enormes perdas, até mil pessoas (mortas e feridas) por dia, segundo a inteligência militar britânica.

O exército ucraniano teve mais sucesso noutros lugares. Por exemplo, foi possível travar uma contra-ofensiva em Kursk, região russa que a Ucrânia invadiu no início de Agosto. As tropas russas também conseguiram avançar para fora da cidade de Vovchansk, perto de Kharkiv.

‘Plano de Vitória’

O Presidente Zelensky está atualmente nos EUA para reuniões com uma série de líderes mundiais. À margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, falou com os líderes da Alemanha, Índia e Japão. Hoje ele discursará na Assembleia Geral.

Amanhã, o líder ucraniano viajará a Washington para uma reunião com o presidente dos EUA, Biden. Zelensky quer apresentar a Biden, bem como aos candidatos presidenciais Harris e Trump, o seu “plano de vitória”, um plano que deverá dar à Ucrânia a influência necessária para avançar e forçar a Rússia a sentar-se à mesa de negociações.

Zelensky disse ontem ao Conselho de Segurança da ONU que a guerra não pode ser encerrada apenas através de negociações e que a Rússia “deve ser forçada à paz”.

Um porta-voz do Kremlin chamou hoje esse plano de “um erro fatal que terá consequências para Kiev”.

Correspondente Christiaan Paauwe:

O principal desejo de Zelensky é ser capaz de lançar livremente mísseis americanos de longo alcance contra alvos no interior da Rússia. Washington ainda não permite isso, mas a Casa Branca deu a entender que está a ser considerado.

A Ucrânia quer atacar aeródromos, depósitos de munições e rotas de abastecimento russos para aliviar a pressão sobre as tropas na frente. Agora fazem-no com drones, mas os mísseis americanos poderiam ser muito mais eficazes.

Ainda não está claro se essa luz verde chegará, mas como mostra a situação em torno de Voehledar, o tempo está a esgotar-se para a Ucrânia e este outono poderá ser decisivo para a frente no Donbass.”

Voehledar, Ucrânia

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