Jennette Jansen (56) lutando pela medalha de prata na corrida de rua dos Jogos Paraolímpicos

Este artigo foi atualizado pela última vez em setembro 6, 2024

Jennette Jansen (56) lutando pela medalha de prata na corrida de rua dos Jogos Paraolímpicos

Jennette Jansen

Jennette Jansen (56) lutando pela medalha de prata na corrida de rua dos Jogos Paraolímpicos

Jansen vence o sprint final pelo segundo lugar e leva a prata na corrida de rua de Paris

Jennette Jansen conquistou a medalha de prata nos Jogos Paraolímpicos na prova de ciclismo de estrada. Ela correu para o segundo lugar, bem atrás da vencedora Lauren Parker, da Austrália.

Jansen não quis dizer que havia perdido ouro. “Não, ganhei a prata”, disse ele resolutamente após o final. “O ouro estava muito longe.” Parker cruzou a linha de chegada mais de quatro minutos antes.

Início atrasado

A largada foi atrasada uma hora porque chovia forte em Paris. E certamente não estava seco no novo horário de largada, mas os pilotos largaram mesmo assim.

Já era evidente no contra-relógio que Jansen estava em boa forma. Ela terminou em quarto lugar, mas todos os pilotos que terminaram acima dela vêm da classe H5 e têm um handicap mais leve que Jansen, que compete na classe H4.

Na corrida de estrada, Jansen não teve que lidar com pilotos da classe H5, mas apenas com pilotos das classes H1 a H4, os handicaps mais pesados. Em parte por isso, e também por ser a atual campeã, ela era considerada a grande favorita ao ouro em Paris.

As aulas de paraciclismo

Em Paris, o paraciclismo inclui bicicletas manuais, triciclos, bicicletas e tandems. A classe esportiva e o tipo de bicicleta possuem código próprio, composto por uma letra (H, T, C e VI ou B) e um número (1 a 5, onde 1 indica a restrição mais severa e 5 a mais leve).

O ciclismo manual (H) é uma disciplina em que o atleta anda em uma bicicleta de três rodas conduzida com os braços. A posição pode ser deitada ou ajoelhada dependendo da deficiência.

Ciclismo normal com alguns pequenos ajustes (C1 a C5): esta disciplina destina-se a ciclistas com amputações (com ou sem prótese), deformidades, paralisia ou paralisia cerebral.

Tandems, para deficientes visuais (VI ou B): as corridas tandem são disputadas em dupla, sendo o piloto da frente o ‘piloto’ e dirigindo a roda dianteira. O piloto traseiro, o ‘foguista’, geralmente tem deficiência visual.

No triciclo (T), o ciclista anda em uma bicicleta de três rodas, com direção apenas na roda dianteira. Esta disciplina destina-se a pilotos com paralisia cerebral (PC) grave ou condições semelhantes.

E Jansen, de 56 anos, assumiu a liderança no percurso encharcado desde o início. Ela acabou em um grupo líder de três, mas passou por momentos difíceis. A australiana Lauren Parker também está em plena forma e Jansen teve dificuldade em acompanhar o ritmo de Parker, 21 anos mais novo.

Jansen teve que se soltar, Parker saiu sozinho e assumiu grande vantagem sobre os holandeses. No meio, a diferença entre Parker e Jansen era de quase um minuto e meio.

Na fase final foi ultrapassada pela brasileira Jady Malavazzi e pela alemã Annika Zeyen-Giles. Não muito depois, mais pilotos juntaram-se ao grupo com Jansen. Mas os holandeses ainda tinham o suficiente para vencer a corrida pelo segundo lugar.

“Pensei por um momento: eu o perdi. Não tenho mais nada”, ela se referiu a uma medalha. “Até que voltei a isso na subida. Então pensei: a morte ou os gladíolos. Estou muito feliz com isso.”

Em casa em todos os mercados

Antes de Jansen se tornar handbiker em 2012, ela já tinha uma longa carreira paraolímpica. Ela conquistou três ouros, duas pratas e um bronze como atleta e prata como jogadora de basquete em cadeira de rodas.

Ela se aposentou em 2004, perdendo Pequim (2008) e Londres (2012). Ela então começou sua carreira como motociclista. Os Jogos de Paris são os últimos. “É muito especial. Posso relembrar muitos anos maravilhosos.”

Jennette Jansen

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