Este artigo foi atualizado pela última vez em agosto 29, 2024
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O CEO do Telegram, Pavel Durov, ficou preso na França por mais 48 horas
O CEO do Telegram, Pavel Durov, ficou preso na França por mais 48 horas
A prisão preventiva de CEO do Telegram, Pavel Durov foi prorrogado por 48 horas. O Ministério Público francês anunciou isso. Durov foi preso no sábado no aeroporto de Le Bourget e desde então está detido sob suspeita de doze crimes relacionados ao seu aplicativo de mensagens.
A prisão preventiva foi prorrogada na noite de ontem até a noite de quarta-feira. Depois disso, Durov deverá ser formalmente acusado ou libertado.
A prisão faz parte de uma investigação da justiça francesa sobre o serviço de mensagens com quase um bilhão de usuários em todo o mundo. Durov, de 39 anos, acabou na lista de procurados da França porque o Telegram compartilha pouca ou nenhuma informação sobre seus usuários e usa poucos moderadores, dando liberdade aos criminosos.
Kremlin indignado
Segundo os procuradores, a gestão do Telegram é cúmplice, entre outras coisas, na distribuição de pornografia infantil, tráfico de drogas, fraude, terrorismo e lavagem de dinheiro, segundo a emissora francesa TF1.
O governo russo reagiu com indignação à prisão de Durov, um empresário nascido na Rússia. Um porta-voz do Kremlin classificou a prisão como “motivada politicamente” e “prova da duplicidade de critérios do Ocidente” no que diz respeito à liberdade de expressão.
A prisão gerou expressões de simpatia por Durov em Moscou. Os russos colocaram aviões dobrados, símbolo do Telegram, na embaixada francesa.
A raiva russa é surpreendente entre os críticos do Kremlin, porque o governo russo queria bloquear o Telegram em 2018. Esse plano foi retirado em 2020.
O presidente francês Macron disse ontem que a prisão de Durov “não é de forma alguma uma decisão política”, mas parte de uma investigação judicial independente. Sobre
Dubai
O Telegram foi fundado em 2013 por Pavel Durov junto com seu irmão Nikolai. Eles também são os fundadores do VK, a versão russa do Facebook. Pavel Durov deixou a Rússia em 2014 depois de recusar um pedido do governo para fechar certos canais da oposição no VK. Ele agora mora em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Além do passaporte dos Emirados, Durov também tem nacionalidade russa e francesa e também de São Cristóvão e Nevis, arquipélago do Mar do Caribe.
O Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos afirma estar acompanhando de perto o caso de Durov e pediu à França que lhe forneça a assistência consular necessária. A embaixada russa em Paris afirma que o pessoal consular não foi autorizado a entrar porque as autoridades francesas tratam Durov principalmente como um cidadão francês.
Paulo Durov
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