33 estados americanos processam Meta por ‘tornar os jovens viciados’

Este artigo foi atualizado pela última vez em outubro 26, 2023

33 estados americanos processam Meta por ‘tornar os jovens viciados’

meta

33 estados dos EUA entraram com uma ação judicial contra a Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, acusando-os de usar técnicas antiéticas para viciar os jovens em suas plataformas.

Alegações de manipulação

De acordo com a denúncia apresentada pelos estados, o Meta, antes conhecido como Facebook, emprega diversas táticas para atrair e engajar crianças e adolescentes, priorizando o lucro em detrimento do bem-estar dos jovens usuários. Os estados argumentam que a empresa minimizou deliberadamente os perigos significativos associados às suas plataformas de redes sociais, ignorando o impacto negativo na saúde mental e física dos jovens.

Estados que buscam responsabilização

Califórnia, Nova Iorque, Louisiana, Geórgia e outros estados estão a participar no processo, alegando que Meta não conseguiu resolver os danos causados ​​aos jovens, apesar das provas contundentes. A Procuradora Geral do Estado de Nova York, Letitia James, afirma que empresas de mídia social como a Meta estão contribuindo para uma saúde historicamente precária entre crianças e adolescentes.

Resposta da Meta

Em resposta, a Meta enfatiza o seu compromisso em proporcionar experiências online seguras e positivas aos jovens. A empresa afirma já ter implementado mais de 30 recursos para atender adolescentes e seus familiares.

No entanto, Meta expressa decepção com a decisão dos estados de buscar ações legais em vez de colaborar com as empresas para estabelecer padrões claros para o uso de aplicativos por adolescentes.

A ligação com transtornos alimentares

O processo segue a divulgação de relatórios internos da Meta via The Wall Street Journal, revelando informações preocupantes. De acordo com esses relatórios, 17% das adolescentes acreditam que o Instagram agrava os distúrbios alimentares. A denunciante Frances Haugen, ex-funcionária da Meta, também argumentou em 2021 que o Instagram tem efeitos prejudiciais para os jovens mulheres.

Nos Estados Unidos, as plataformas de redes sociais estão proibidas de permitir crianças menores de 13 anos nas suas plataformas. No entanto, continua a ser fácil para as crianças mais novas criarem contas e acederem a estas plataformas.

Impacto na saúde mental e física

O processo contra a Meta sublinha as preocupações crescentes relativamente ao impacto das redes sociais sobre os jovens. Numerosos estudos relacionaram o uso excessivo das redes sociais a questões como ansiedade, depressão e má imagem corporal entre os jovens.

O papel da publicidade

Uma das questões controversas levantadas no processo é a influência da publicidade direcionada sobre os usuários jovens. Os críticos argumentam que as plataformas de redes sociais como o Facebook e o Instagram recolhem extensos dados pessoais para adaptar os anúncios a indivíduos específicos, aumentando assim o seu envolvimento e dependência nas plataformas.

Regulamentando as mídias sociais

O processo contra a Meta reflete a necessidade de regulamentação e supervisão mais rigorosas das plataformas de mídia social. Muitos especialistas e legisladores apelam a uma legislação abrangente para proteger os jovens utilizadores e responsabilizar estas empresas pelas suas práticas.

Conclusão

A ação movida por 33 estados americanos contra a Meta destaca as preocupações em torno do impacto das redes sociais sobre os jovens. Os estados afirmam que as táticas da Meta para atrair e viciar os jovens nas suas plataformas resultaram em danos significativos à sua saúde física e mental. À medida que a batalha jurídica se desenrola, o resultado deste caso poderá ter implicações de longo alcance para a regulamentação das plataformas de redes sociais e para a proteção dos jovens utilizadores.

meta, facebook

Compartilhe e curta

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*