Assassinato brutal do prefeito mais jovem do Equador destaca aumento da violência política

Este artigo foi atualizado pela última vez em março 26, 2024

Assassinato brutal do prefeito mais jovem do Equador destaca aumento da violência política

O fim trágico de um jovem líder

O Equador está de luto pela perda da sua prefeita mais jovem, Brigitte García, de 27 anos, vítima de um assassinato brutal. Ela foi encontrada sem vida em seu veículo junto com seu diretor de comunicações, ambos vítimas de uma emboscada fatal lançada a partir de um carro alugado. Até o momento, as autoridades não identificaram quaisquer motivos ou suspeitos do crime hediondo.

O papel proeminente de García na política

A jornada política de García tomou uma trajetória ascendente depois que ela saiu vitoriosa nas eleições parciais do ano passado como candidata do partido Movimento da Revolução Cívica, anteriormente liderado pelo ex-presidente Rafael Correa. Obtendo mais de um terço do total de votos, ela se tornou prefeita da pequena cidade costeira de San Vicente, tornando-se assim a prefeita mais jovem do Equador.

Aumento de assassinatos políticos

O assassinato de García marca o terceiro assassinato político no Equador em apenas um ano. Antes disso, o candidato presidencial Fernando Villavicencio foi morto a tiros do lado de fora de uma escola em Quito durante sua campanha eleitoral, e um prefeito foi morto no mês anterior. Face a ameaças tão graves, muitos autarcas evitam, compreensivelmente, as suas funções oficiais, conforme noticiado pelo El País.

Ecoando os sentimentos de muitos, Luisa Gonzalez, outra ex-candidata presidencial do Movimento da Revolução Civil, postou nas redes sociais que está sem palavras diante do horrível assassinato e concluiu: “Ninguém está seguro no Equador”.

Todos os políticos brutalmente assassinados eram oriundos da província costeira de Manabí, que sofre fortemente com o mal-estar do crime organizado. Isto é ainda agravado pela localização geográfica da região junto ao Oceano Pacífico, tornando-a um foco para atividades internacionais de comércio de drogas.

A luta do Equador contra a violência

O assassinato de García enquadra-se num padrão alarmante de incidentes violentos que têm assolado o Equador nos últimos tempos. O Presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou estado de emergência em Janeiro, após a fuga da prisão de um importante líder de gangue, precipitando assim o país num paroxismo de violência. Num desses incidentes, um grupo de agressores armados assumiu o controle de um canal de televisão. Tragicamente, o promotor que investigava este caso foi morto a caminho do julgamento.

Na sua tentativa de restaurar a lei e a ordem, Noboa convocou os militares e rotulou um total de 22 sindicatos da droga como grupos terroristas. “Não permitiremos que grupos terroristas perturbem a paz do país”, proclamou.

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