Padrão de abuso de cirurgiãs do Reino Unido

Este artigo foi atualizado pela última vez em setembro 13, 2023

Padrão de abuso de cirurgiãs do Reino Unido

Abuse

Introdução

A má conduta sexual de cirurgiões do sexo masculino para com colegas do sexo feminino é alarmantemente comum no Reino Unido e parece ser um problema raramente abordado. Uma pesquisa recente realizada por pesquisadores esclarece esse padrão de abuso, revelando as experiências de médicas na área.

Ambiente de Trabalho e Cultura do Silêncio

O estudo destaca que as médicas que estão em formação ou nos estágios iniciais de suas carreiras são frequentemente vítimas de abusos por parte de cirurgiões experientes. Isto pode ser atribuído, em parte, à natureza hierárquica da profissão médica, que cria uma cultura de silêncio onde as vítimas relutam em se manifestar por medo de prejudicar as suas carreiras. A escassez de cirurgiãs no Reino Unido também agrava o problema.

Associação Profissional Reage Chocada

A pesquisa, publicada no renomado British Journal of Surgery, foi conduzida por uma colaboração entre universidades e um departamento especializado em abordar a má conduta sexual na área médica. A pesquisa coletou respostas de 1.434 participantes por meio de organizações médicas, sendo a participação voluntária.

Para garantir que apenas aqueles que sofreram tais incidentes respondessem, os investigadores incentivaram a participação mesmo que os indivíduos não tivessem enfrentado assédio. No entanto, não está claro se esta estratégia foi bem-sucedida na filtragem de respostas não relevantes, o que significa que os números podem não ser representativos de todos os cirurgiões britânicos.

No entanto, a Associação Profissional Britânica de Cirurgiões expressou choque com as conclusões, afirmando que tal comportamento não deveria ser tolerado. Enfatizaram a necessidade de criar uma cultura onde a denúncia de incidentes seja incentivada e levada a sério.

Estatísticas perturbadoras

A pesquisa revelou que aproximadamente dois terços das mulheres entrevistadas relataram ter sofrido assédio sexual por parte de seus colegas, enquanto um terço afirmou ter sido agredida. Surpreendentemente, 90 por cento dos mulheres e 81 por cento dos homens que participaram relataram ter testemunhado má conduta sexual.

“Achei que ele só queria conversar. Eu confiei nele e o admirei.”

– Fonte anônima, em declarações à BBC

Testemunhos Pessoais

A BBC entrevistou vários médicos que sofreram má conduta sexual. Uma cirurgiã compartilhou a experiência de um colega que enxugava a cabeça suada nos seios dela durante uma operação, não uma, mas duas vezes. Surpreendentemente, seus outros colegas não fizeram nada para intervir.

Outra cirurgiã revelou ter sido estuprada por um médico enquanto ainda estava em treinamento. Isso aconteceu depois que ele a trouxe de uma conferência para casa. Ela descreveu sentir uma sensação de confiança e admiração por ele, completamente inconsciente de suas verdadeiras intenções.

Para os participantes do sexo masculino, a pesquisa também revelou incidentes de assédio sexual, com 24 por cento relatando tais experiências. Mesmo assim, os pesquisadores ressaltam que as situações enfrentadas por cirurgiões e cirurgiões são incomparáveis, pois existem em “realidades diferentes”.

Conclusão

A prevalência da má conduta sexual na comunidade médica do Reino Unido, especialmente entre as cirurgiãs, é profundamente preocupante. O ambiente de trabalho hierárquico e dominado pelos homens contribui para uma cultura de silêncio, impedindo as vítimas de se manifestarem. A pesquisa serve como um alerta para a profissão médica abordar esta questão e criar um ambiente onde tal comportamento não seja tolerado.

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