Este artigo foi atualizado pela última vez em julho 28, 2023
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Exército do Níger apoia golpistas para manter a calma
Exército do Níger escolhe o lado dos golpistas para manter a paz
O exército no Níger declarou seu apoio ao grupo de soldados que tomou o poder com um golpe na quarta-feira. A decisão deles se baseia em manter a estabilidade e evitar confrontos violentos que possam colocar em risco a população. O presidente deposto, Mohamed Bazoum, está bem de saúde e mantido em cativeiro pelos golpistas no palácio presidencial.
Agindo atrás dos golpistas
Inicialmente, o exército havia declarado que iria intervir se os golpistas não recuassem. No entanto, agora mudou sua postura e está do lado deles para proteger a segurança física do presidente Bazoum e de sua família. O exército teme que possa ocorrer um confronto mortal, resultando em baixas e comprometendo ainda mais a segurança da população. O chefe de gabinete emitiu uma declaração alinhando oficialmente o exército com os golpistas.
Quarto golpe do Níger desde a independência
Este recente golpe de estado marca o quarto incidente desse tipo no Níger desde que conquistou a independência em 1960. A União Africana, as Nações Unidas, a União Européia e os Estados Unidos, entre outros, condenaram veementemente a tentativa de golpe. Eles exigem a libertação imediata do presidente Bazoum, eleito democraticamente em abril de 2021. O Níger, com uma população de aproximadamente 25 milhões de habitantes, enfrenta altos índices de pobreza e violência jihadista contínua.
Antes de o presidente Bazoum assumir o cargo, houve uma tentativa anterior fracassada de derrubar o governo. Em março, durante uma visita à Turquia, outro plano de golpe foi frustrado. Essas tentativas recorrentes de golpe indicam a fragilidade do cenário político do Níger e os desafios que enfrenta para manter a estabilidade.
Enquanto a comunidade internacional continua a expressar suas preocupações e demandas pela restauração da democracia, a situação no Níger continua tensa. As fronteiras estão fechadas e um toque de recolher está em vigor em todo o país. O foco imediato é garantir a segurança e a libertação do presidente Bazoum.
Protegendo a paz e a segurança
A decisão do exército nigeriano de se alinhar com os golpistas é controversa. Embora vise prevenir a violência e proteger o bem-estar físico do presidente, também levanta questões sobre o papel dos militares na defesa dos princípios democráticos. A manutenção da paz e da segurança é essencial, mas deve ser feita no quadro da ordem constitucional e do respeito pelos processos democráticos.
Resta saber como se desenrolará a situação no Níger. A pressão internacional, aliada à agitação e resistência interna, pode influenciar o curso dos eventos. A intervenção do exército pode ser vista como uma tentativa de evitar mais instabilidade, mas também corre o risco de minar o progresso democrático que o Níger fez ao longo dos anos.
Abordar as causas profundas da pobreza, desigualdade social e violência extremista é crucial para a estabilidade de longo prazo no Níger. Esforços sustentados para melhorar a governança, fortalecer a economia e aumentar a segurança são necessários para prevenir futuras tentativas de golpe e garantir o bem-estar da população.
Golpe no Níger
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