Este artigo foi atualizado pela última vez em abril 26, 2024
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Lituânia nega reivindicação notável da Bielorrússia
Lituânia nega afirmação notável da Bielorrússia: nenhum ataque de drone realizado
A Bielorrússia afirma ter repelido um ataque de drones da vizinha Lituânia. Isto é relatado pela agência de notícias russa TASS com base na KGB, o serviço de segurança da Bielorrússia. A Lituânia, membro da OTAN, nega que tenha ocorrido um ataque.
A Bielorrússia não fornece muitos detalhes, segundo o chefe da KGB, para não pôr em perigo a segurança do seu país. Ele apenas diz que drones de combate foram enviados do território lituano para Minsk e arredores. A mensagem TASS não menciona quem seria o responsável por isso. As evidências do ataque também não são mencionadas lá.
Um porta-voz do exército lituano insiste que o seu país não realizou nem planeia realizar um ataque. Um ataque a partir do território da NATO representaria uma grande escalada do conflito, uma vez que a Bielorrússia tem laços estreitos com a Rússia.
Armas nucleares
Ainda hoje, o líder bielorrusso Lukashenko anunciou que a Rússia transferiu “várias dezenas” de armas nucleares tácticas para o seu país. É a primeira vez desde os tempos soviéticos que armas nucleares russas são transferidas para o estrangeiro. A Bielorrússia e a Rússia assinaram um acordo no ano passado que torna isto possível.
Em contraste com as bombas atómicas que podem destruir cidades inteiras, as armas nucleares tácticas podem ser utilizadas no campo de batalha contra o inimigo numa escala muito mais limitada. Lukashenko alertou que o seu país e a Rússia poderiam usar todos os tipos de armas se a Bielorrússia fosse atacada.
Segundo a agência de notícias russa Ria, Lukashenko classificou a chegada das armas como uma resposta à atitude agressiva de outros países em relação à Bielorrússia. Segundo ele, 120 mil soldados ucranianos estão estacionados na fronteira com o seu país e os países ocidentais realizam cerca de cinquenta voos de espionagem ao longo da fronteira todas as semanas.
Novas armas também foram recentemente implantadas no lado ucraniano, mísseis ATACMS de longo alcance que os EUA forneceram secretamente ao país nas últimas semanas. Os alvos na Crimeia, ilegalmente anexados pela Rússia, foram atacados. O Kremlin classificou como uma escalada a entrega de armas que também podem atingir alvos nas profundezas da Rússia.
Correspondente russo Geert Groot Koerkamp:
“Os relatórios da Bielorrússia enquadram-se perfeitamente na retórica que pode ser ouvida continuamente em Minsk sobre a convergência das tropas da NATO ao longo da fronteira bielorrussa na Polónia e na Lituânia. A oposição também tenta regularmente contrabandear armas e explosivos para o país. Entretanto, na Bielorrússia, a repressão contra os dissidentes continua inabalável e as pessoas são presas quase todos os dias.
Apesar de toda a linguagem ameaçadora, Lukashenko parecia hoje alegre e falou levianamente sobre se deveria ou não participar nas eleições presidenciais do próximo ano. A partir desta semana, ele não é apenas presidente, mas também presidente da “Assembleia Popular de Toda a Bielorrússia”, uma espécie de superpresidente, por assim dizer.
Isto também inclui algumas palavras ameaçadoras dirigidas a países estrangeiros e também o anúncio sobre a implantação de armas nucleares russas. A decisão sobre seu uso cabe a ele e ao seu homólogo russo Vladimir Putin, disse Lukashenko. Também é impossível verificar se essas armas nucleares chegaram realmente à Bielorrússia.”
No seu discurso aos altos responsáveis, Lukashenko acusou a oposição de tentar assumir o controlo de um distrito no oeste do país antes de pedir o apoio da NATO. Pelo que sabemos, ele não forneceu provas para essas acusações. A oposição tem sido reprimida no país há anos e muitos líderes estão na prisão ou fugiram.
Entretanto, Lukashenko também disse que é hora de negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, porque teria havido um impasse na frente. Os dois países deverão continuar a dialogar com base nas conversações que tiveram logo após o início da guerra na Turquia.
Lituânia
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