Este artigo foi atualizado pela última vez em março 18, 2023
Combates se intensificam no leste do Congo
Combates se intensificam no leste do Congo
O conflito em Leste do Congo está aumentando com relatos de massacres, aldeias incendiadas e estupros em massa entre grupos rebeldes e forças governamentais. A situação está levando ao deslocamento, com 300.000 pessoas deslocadas somente em fevereiro, e o número de mortos chegou a centenas de milhares nos últimos anos. Apesar da relevância do conflito pela presença de matérias-primas como cobalto e ouro, necessárias para a produção de energia sustentável e pelo envolvimento de tropas e milícias regionais, a notícia não está mais nas manchetes internacionais. O fotógrafo de guerra Moses Sawasawa, que nasceu em Goma e registra o conflito com sua câmera, acredita que o mundo não deve esquecer a situação no Congo.
Enquanto as atenções estão atualmente voltadas para o bem armado grupo rebelde M23, mais de uma centena de outros grupos armados estão ativos na região, lutando entre si e roubando e comercializando matérias-primas. As causas profundas do conflito, incluindo um estado fraco que não pode proteger os cidadãos, fronteiras porosas e uma população que não se beneficia dos recursos minerais, não foram abordadas, levando a décadas de instabilidade. A interferência de países vizinhos, incluindo Ruanda, e a presença de tropas regionais, incluindo a força de paz da ONU Monusco, também contribuíram para a situação.
Os críticos argumentam que as tropas, grupos rebeldes e alguns políticos e empresários se beneficiam do caos e da impunidade na área, levando a uma grande crise humanitária. A situação pode melhorar no curto prazo se Ruanda parar de apoiar o M23, mas o International Crisis Group defende o diálogo entre os países da região e que o Congo assuma a liderança na abordagem das causas subjacentes do conflito. Enquanto isso, o fotógrafo Moses Sawasawa testemunha a dor e o desespero dos refugiados nos campos e espera pela paz.
Congo
Seja o primeiro a comentar