Volkswagen rejeita exigências salariais sindicais alemãs

Este artigo foi atualizado pela última vez em setembro 27, 2024

Volkswagen rejeita exigências salariais sindicais alemãs

German union wage demands

Volkswagen rejeita exigências salariais sindicais alemãs

As negociações do acordo coletivo de trabalho entre a Volkswagen e o sindicato alemão IG Metall estão num impasse. O sindicato IG Metall exige um aumento salarial de 7% e a Volkswagen rejeitou essa exigência.

As negociações acontecem num momento em que a montadora está em crise: a empresa quer economizar custos cortando empregos e pensa em fechar fábricas.

O novo acordo coletivo de trabalho se aplicaria a aproximadamente 120 mil empregados. Cerca de três mil funcionários protestaram em Hannover por salários mais elevados e contra os planos de austeridade da sua empresa. O sindicato diz estar surpreso que a VW tenha insistido imediatamente no início das negociações.

Mas o negociador da VW, Arne Meiswinkel, salienta a situação de emergência em que a VW se encontra. “Redução de custos, maior eficiência e melhor produtividade são a única forma de podermos investir em novas tecnologias e produtos”, afirma.

Garantia de emprego

A Volkswagen – que também inclui as marcas Audi, Skoda e Seat – emprega quase 300 mil pessoas na Alemanha. A empresa tem tradição de longa garantia de emprego. Atualmente, isso protege os funcionários contra demissão até 2029.

A empresa anunciou anteriormente que queria se livrar desse acordo. Isto tem a ver com o facto de serem necessários menos trabalhadores para fabricar carros eléctricos, explica Rico Luman, economista do sector dos transportes e automóvel do ING. “A transição energética requer um ajuste estrutural, porque um carro elétrico consiste em menos peças do que um carro a combustível.” Ele espera que em dez anos serão necessárias menos pessoas para produzir o mesmo número de carros.

Fabricante em apuros

Além disso, a empresa enfrenta dificuldades com a forte concorrência no mercado de carros elétricos, inclusive da China. A VW está lutando com o declínio nas vendas. É por isso que o grupo quer fazer cortes a partir de julho do próximo ano. Se uma fábrica da Volkswagen fosse fechada, seria a primeira vez.

O sindicato IG Metall representa a maioria dos funcionários. A associação espera que os acordos de acompanhamento das negociações sejam feitos o mais tardar até ao final de Novembro. Caso contrário, poderão ocorrer greves após 1º de dezembro.

Demandas salariais sindicais alemãs

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