Este artigo foi atualizado pela última vez em março 19, 2024
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A batalha do Haiti contra a violência das gangues: confronto entre polícia e churrasco
A agitação continua no Haiti
Numa nação marcada pela discórdia, o Haiti encontra-se mais uma vez às voltas com dias mergulhados na anarquia. A crise crescente no país abre caminho para ameaças iminentes de pilhagem e para um risco crescente de fome, com confrontos violentos entre a polícia e gangues locais. O fim de semana passado foi marcado por confrontos violentos entre unidades policiais e membros da notória gangue liderada por Jimmy Chérizier, o famoso gangster mais conhecido como Barbecue. Os relatórios sugerem diversas mortes entre os membros da gangue, além de apreensões de diversas armas de fogo.
Operações Policiais Contra Violência de gangue
Os meios de comunicação informaram que contingentes policiais se infiltraram no fim de semana passado num distrito que é amplamente reconhecido como um reduto do Churrasco. Segundo a polícia, o objetivo principal era desmantelar um bloqueio na estrada. No entanto, isso levou a subsequentes trocas de tiros entre os policiais e os membros da gangue. Até o momento, o número exato de vítimas permanece desconhecido. Num comunicado citado pela agência noticiosa AFP, a polícia anunciou que “novas estratégias estão a ser implementadas com o objetivo de recuperar certas áreas capturadas por bandos armados nos últimos dias”. Isto também inclui a remoção de bloqueios de estradas que perturbam o tráfego. Houve uma operação policial separada no sábado na capital do Haiti, Porto Príncipe. Um informante confirmou à AFP que esta operação tinha como objetivo recuperar o controle do principal porto do país. Um grupo armado assumiu o controlo desta região no início deste mês e saqueou vários contentores. Os detalhes atuais sobre o sucesso desta operação permanecem desconhecidos.
Saques recorrentes no Haiti em meio a crises governamentais
A violência desenfreada de gangues assolou o Haiti desde o final do mês anterior. O actual Presidente, Henry, manifestou publicamente a sua intenção de demitir-se assim que uma administração transitória possa ser estabelecida. No entanto, o cronograma para isso permanece nebuloso. Simultaneamente, a nação enfrenta níveis alarmantes de pilhagem. A UNICEF relatou roubo de provisões de apoio a bebés e crianças no porto de Porto Príncipe. Equipamentos vitais de ventilação também foram roubados. O escritório do cônsul da Guatemala localizado em Porto Príncipe foi vandalizado e saqueado. Devido à deterioração das condições, vários diplomatas estrangeiros fugiram do Haiti. Ainda ontem, um voo de evacuação transportou mais de 30 americanos para fora da cidade de Cap-Haïtien, no norte, deixando uma população empobrecida e angustiada num estado de caos.
A iminente ameaça da fome no Haiti
Quase 60% da população estimada do Haiti, de 11 milhões, vive abaixo da linha da pobreza. As organizações humanitárias alertam que aproximadamente um milhão e meio de pessoas correm risco iminente de fome e que um colectivo significativamente maior necessita de ajuda alimentar urgente. Segundo o diretor do Programa Alimentar Mundial, que falou à agência de notícias AP, “o Haiti está a lutar contra a fome generalizada e de longo prazo”. Ele revelou ainda que alguns bairros de Porto Príncipe apresentam níveis de desnutrição equivalentes aos das zonas de guerra.
Polícia do Haiti, gangue de churrasco
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