Este artigo foi atualizado pela última vez em fevereiro 29, 2024
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Perspectiva do Central Planning Bureau sobre soluções para a escassez do mercado de trabalho
Introdução
O Gabinete Central de Planeamento (CPB) emitiu recentemente um alerta, informando que a crença generalizada de que a migração laboral tem o potencial de melhorar a situação difícil do mercado de trabalho pode não ser tão plausível como parece. Notavelmente, a agência salienta que são as intrincadas ações governamentais que estão a causar pressão no mercado de trabalho.
Migração Laboral: Uma benção ou uma maldição?
O PCB expressou os seus argumentos contra o ponto de vista de que convidar trabalhadores migrantes poderia corrigir a escassez do mercado de trabalho. No devido tempo, trazer mais mão-de-obra migrante acabará por conduzir a mais vagas, de acordo com o CPB. Isto resulta de um efeito dominó; o aumento da migração laboral leva ao crescimento populacional, o que incita mais actividade económica, culminando em vagas adicionais.
Cultura de trabalho em tempo integral: um beco sem saída?
A agência também demonstrou ceticismo quanto à eficácia das tentativas governamentais de fazer com que os holandeses investissem mais horas no trabalho. Afirmou que fazer com que as pessoas trabalhem mais poderia induzir um certo aumento no número de horas trabalhadas, embora seja improvável que provoque uma mudança significativa devido à cultura de trabalho a tempo parcial profundamente enraizada nos Países Baixos. As conclusões de pesquisas anteriores sugerem a possibilidade de que mesmo os cuidados infantis gratuitos possam não induzir uma mudança notável nesta cultura.
O cenário da força de trabalho holandesa: uma verificação da realidade
O CPB contradiz a percepção de que os holandeses dedicam muito poucas horas ao trabalho. A força de trabalho testemunhou um surto de crescimento considerável nos últimos tempos, com muitas pessoas que anteriormente estavam desempregadas agora ingressando na força de trabalho. Só no ano de 2022 veremos uma expansão da força de trabalho em 200.000 indivíduos.
Impulsionando a economia: o que poderia funcionar?
O CPB sugere que a medida apropriada para o governo seria reduzir a procura de mão-de-obra em vez de aumentar a oferta de mão-de-obra. Por exemplo, seria conveniente um exame crítico das suas próprias despesas, especificamente com novos funcionários. Os gastos governamentais aumentaram consideravelmente desde 2018, alimentando um crescimento económico significativo. Uma parte desta contribuição fiscal é investida directamente no processo de recrutamento de pessoal. Isto inclui o recrutamento para funções associadas à gestão da pandemia corona, como as dos GGD, bem como para a facilitação e defesa de asilo. Contudo, o CPB destaca que estas despesas não estão actualmente a ser compensadas através de impostos.
Em vez de adquirir mais pessoal, o governo deveria conceber estratégias para tornar certas profissões mais atractivas. Isto pode envolver a concessão de salários mais elevados a profissões socialmente importantes, reforçando assim a sua atratividade em contraste com os setores privados, como sugerido pelo diretor do CPB, Pieter Hasekamp.
Conclusão
A revelação do Gabinete Central de Planeamento desafia essencialmente a sabedoria convencional de que a crise de escassez no mercado de trabalho poderia ser facilmente ultrapassada através de mais mão-de-obra migrante e colmatando a lacuna entre as culturas de trabalho a tempo parcial e a tempo inteiro. A visão do gabinete esclarece o facto de que políticas macroeconómicas abrangentes centradas na afectação de receitas fiscais e na atractividade do emprego podem ocupar um lugar central na resolução das insuficiências do mercado de trabalho.
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