Fim da Missão de Paz da ONU no Mali Wagner Group assume

Este artigo foi atualizado pela última vez em julho 1, 2023

Fim da Missão de Paz da ONU no Mali Wagner Group assume

Mali

Missão de paz da ONU chega ao fim

Depois de mais de dez anos, o missão de paz da ONU no Mali está chegando ao fim. O governo do Mali exigiu a saída da força de manutenção da paz, MINUSMA, uma vez que seu mandato expirou. Os soldados da ONU não podem ficar sem convite do próprio país. O tenente-general Kees Matthijssen, que recentemente liderou a parte militar da missão, expressou surpresa com o fim repentino, afirmando que não previu isso. O governo do Mali já havia indicado seu desejo de que as forças de paz ficassem.

Governo escolhe Wagner para uma abordagem mais dura

O governo do Mali anunciou que só cooperará com o exército mercenário russo, Wagner, daqui para frente. Eles querem uma abordagem mais dura para os jihadistas no país e veem Wagner como uma alternativa melhor às tropas da ONU. Não está claro quantos mercenários Wagner estão atualmente no Mali, mas a agência de notícias Reuters estima que existam aproximadamente mil. A colaboração com Wagner começou em 2021 e sua presença pressionou a missão da ONU. Enquanto os capacetes azuis da ONU tiveram que aderir ao mandato estrito de sua missão de manutenção da paz, as tropas de Wagner pareciam não ter regras.

Civis em risco pelas tropas de Wagner

Uma das preocupações sobre a colaboração com Wagner é o dano potencial que pode causar aos civis. Na aldeia de Moura, por exemplo, 500 civis foram mortos quando o mercado foi bombardeado. De acordo com um relatório da ONU, tanto o exército do Mali quanto um grupo de “homens brancos armados” estavam envolvidos. Além disso, houve casos em que civis foram confundidos com jihadistas e atacados por tropas de Wagner. O governo do Mali, já se sentindo lecionado sobre os direitos humanos em seu próprio país, parece estar disposto a ignorar essas preocupações em favor de uma abordagem mais dura.

As Consequências da Partida

A partida da missão de manutenção da paz da ONU levantou preocupações sobre a futura estabilidade do Mali e da região circundante. No norte do Mali e nos países vizinhos onde os grupos jihadistas estão ativos, as consequências da partida são particularmente temidas. Embora haja apoio no sul para a decisão de enviar as tropas da ONU para longe, também há medo sobre o que virá a seguir. O exército do Mali pode se superestimar, abrindo portas para grupos como Al-Qaeda e ISIS. A incerteza é ainda mais alimentada por eventos recentes na Rússia, onde o grupo Wagner está perdendo o controle. Se Wagner ficar sob o controle do Ministério da Defesa da Rússia, Mali efetivamente traz um exército estrangeiro.

Impacto em enclaves seguros

Ao longo de sua missão, a MINUSMA conseguiu criar enclaves seguros em uma situação de conflito muito complexa, permitindo que a vida continuasse. No entanto, com sua partida, o futuro desses enclaves seguros é incerto. O medo é que, sem a presença das forças de paz da ONU, a estabilidade desmorone e a região se torne ainda mais vulnerável a grupos jihadistas. A partida dos capacetes azuis pode ter consequências de longo alcance para a segurança e o bem-estar do povo do Mali e da região como um todo.

Conclusão

O fim da missão de paz da ONU no Mali e a decisão de cooperar com o exército mercenário russo, Wagner, levanta sérias preocupações sobre a futura estabilidade e segurança do país. Enquanto o governo do Mali busca uma abordagem mais dura para os jihadistas, a colaboração com Wagner vem com seu próprio conjunto de riscos, especialmente para os civis. A partida das forças de paz da ONU pode ter consequências de longo alcance para a região e levanta questões sobre a capacidade do exército maliano de manter a paz e a segurança. Os próximos meses revelarão o impacto dessa mudança estratégica no Mali e em seu povo.

Mali, Wagner Group

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